Entrevista a Malachy Ryan - Diretor de vendas da Soft Robotics na Europa

mgrip | Soft Robotics

Falamos com Malachy Ryan, diretor de vendas da Soft Robotics na Europa, uma empresa norte-americana que desenvolveu um sistema inovador de garras robóticas, capaz de manusear qualquer produto, especialmente produtos alimentares. As garras da Soft Robotics adaptam-se facilmente à forma, ao tamanho, à textura e à orientação do produto. Tudo isto, além de ser o único produto neste setor que cumpre todos os requisitos das normas de segurança alimentar na Europa e nos Estados Unidos.

Descreva-nos a Soft Robotics e a sua função na empresa

O meu nome é Malachy Ryan e sou o responsável pelas decisões estratégicas de expansão de negócios na Europa, atendendo às necessidades e expectativas dos nossos clientes.

A Soft Robotics desenvolve e produz uma tecnologia inovadora que permite aos nossos clientes automatizar diferentes processos e o manuseamento de diversos produtos, especialmente na indústria alimentar. Consideramos ter neste momento um dos produtos mais interessantes do mercado!

As garras (ou grippers, como são conhecidos no setor da robótica) da Soft Robotics adaptam-se ao produto, mesmo quando este muda de tamanho e de orientação. Para além disso, somos o único produto no mercado que cumpre inteiramente a norma Europeia EC1935 e que consegue lidar com objetos delicados a 180ppm (produtos por minuto) sem causar danos.

Como pode um fabricante da indústria alimentar encontrar os vossos produtos?

O nosso modelo de negócio passa disponibilizar o produto através de distribuidores especializados, permitindo desta forma que o cliente tenha acesso a um suporte local de forma rápida e profissional.

A minha missão é assegurar que os nossos distribuidores são criteriosamente escolhidos e aprovados, com o intuito de assegurarmos aos nossos clientes um serviço de excelência a nível mundial.

Quais são as expectativas para Portugal e como tem sido trabalhar com um distribuidor português?

Estamos satisfeitos com o trabalho que estamos a desenvolver com a Reiman. Trata-se de uma empresa familiar com uma visão que vai ao encontro da estratégia da Soft Robotics e com uma nova geração que está a construir uma equipa realmente fantástica.

É um prazer para a Soft Robotics ter na Reiman um representante altamente profissional, que é especialista em toda a nossa gama de produtos e com competências que nos dão grande segurança enquanto fabricante e uma perspetiva de continuidade.

Em Portugal vejo um mercado com um potencial enorme, onde as empresas se começam a preocupar com a automatização dos processos. Sinto que os empresários e os gestores portugueses se começam a aperceber que, além de ser bastante difícil encontrar mão-de-obra disponível, a produtividade de um humano em determinadas tarefas é manifestamente inferior à de um robot.

Que mudanças espera que aconteçam, nos próximos anos, na área da robótica nomeadamente ao nível da manipulação de alimentos?

Devido a esta crise que o Covid-19 está a provocar, hoje todos entendem a importância de uma cadeia de distribuição alimentar vigorosa, e a chave para isso é de facto a robótica. No entanto, implementar processos robotizados em algumas indústrias é um desafio muito grande – conheço inúmeros casos de tentativas falhadas no passado. É aqui que a Reiman e a Soft Robotics entram porque, de facto, o nosso produto é a melhor forma de garantir o manuseamento de alimentos com segurança.

Na sua ótica, quais devem ser as principais preocupações de um fabricante da indústria alimentar para garantir que o sistema é confiável e seguro para os alimentos?

Temos tido um aumento de solicitações bastante acentuado por parte dos clientes acerca da nossa Certificação de Conformidade com a norma EC1935, e aconselho todos a solicitar este tipo de documento antes de efetuar uma compra. Há muitas empresas que alegam cumprir com os requisitos do sistema da segurança alimentar, mas que não são certificadas. Protejam o vosso negócio de produtos não conformes e inseguros, porque depois de instalados podem significar problemas sérios.

Quais os maiores desafios da produção a nível de segurança alimentar e manuseamento de produtos delicados?

No passado tínhamos a escassez de mão-de-obra e a reivindicação de aumentos salariais, neste momento temos o Covid-19, e ninguém quer ter pessoas a trabalhar juntas numa linha de produção.

Antigamente, era virtualmente impossível manusear produtos delicados a altas velocidades sem causar estragos ou perdas. Por isso desenvolvemos as nossas garras e continuamos a evoluí-las à medida que o mercado muda e exige mais inovação. Os nossos grippers são seguros e macios, tocam suavemente no produto, e movem-nos a alta velocidade, para a localização pretendida.

Para mais informações, contacte a equipa especializada da Reiman. 

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